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Reflexões

Dia do bancário 2019.jpg
Discurso proferido pelo presidente da AFABB/SE na sessão especial da Câmera de Vereadores de Aracaju em homenagem ao dia do bancário (agosto/2019).

Excelentíssimo Sr. presidente da Câmara Municipal de Aracaju, vereador Nitinho, na pessoa de quem cumprimento os demais vereadores, autoridades em geral, representantes de associações classistas, de outras entidades e servidores desta casa legislativa; saúdo, também, nesta oportunidade, todos os meus colegas bancários, pessoal da ativa, aposentados e pensionistas, ao ensejo da comemoração da data em homenagem a essa operosa e combativa classe; meus senhores, minhas senhoras.

 

Inicialmente, quero agradecer o honroso convite que me foi dirigido pelo digníssimo vereador Américo de Deus, para que fizesse um pronunciamento, neste dia consagrado à classe bancária nacional – 28 de agosto. Neste momento, passo a apresentar-me ao público presente a este memorável evento: sou Almir Souza Vieira, funcionário aposentado do Banco do Brasil, atualmente exerço os cargos de presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil de Sergipe (AFABB/SE) e de Diretor Regional da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), entidade com sede em Brasília (DF).

Esta data é uma homenagem a todos os profissionais que trabalham nas mais diversas funções de um banco ou demais instituições financeiras.

Em alguns estados brasileiros, como a Paraíba, por exemplo, o Dia dos Bancários é considerado feriado para os profissionais da classe. Ou seja, nesta data os bancos não funcionam naquele estado (Lei nº 8.939, de 27 de outubro de 2009).

Origem do Dia dos Bancários

A data de comemoração da classe bancária é uma homenagem a um momento histórico de extrema importância para esses profissionais no país.

No dia 28 de agosto de 1951, o Sindicato de Bancários de São Paulo entrou em greve após receber uma proposta de reajuste salarial insignificante do governo. Os profissionais pediam, na época, 40% de melhoria salarial e melhores condições de trabalho.

Vários outros sindicatos por todo o território nacional aderiram à greve, no entanto, não aguentaram a pressão e acabaram por aceitar as propostas do governo, que estavam bem abaixo da média solicitada pela classe bancária.

Apenas em São Paulo os trabalhadores continuavam resistindo as pressões. Em 5 de novembro, após 69 dias em greve, os bancários conseguiram um reajuste salarial de 31%. Uma grande vitória para a classe, que passou a ser perseguida depois da greve. Muitos perderam seus empregos e foram alvos de represálias.

A insistência e força dos profissionais daquela época, se tornou um exemplo para toda a classe. Por isso, o dia 28 de agosto é lembrado como o Dia dos Bancários em todo o Brasil.

A classe bancária, especialmente, à qual muito me dignifica pertencê-la, juntamente com o segmento empresarial urbano e rural, têm se constituído em importante fator propulsor do desenvolvimento econômico e social brasileiro. A partir da assistência creditícia – cujo mecanismo é, diariamente, administrado pelos funcionários dos bancos –, o setor produtivo nacional, após atingir maiores níveis de produtividade, conseguiu ampliar, acentuadamente, a produção de bens e serviços, as exportações brasileiras e, sobretudo, aumentar o número de empregos formais e a renda do trabalhador brasileiro de forma significativa, possibilitando, assim, o atendimento a um grande mercado interno, cada vez mais exigente e diversificado.  Com efeito, não é demais ressaltar que o crédito, quando oferecido e aplicado corretamente, é uma grande força capaz de alavancar a economia de um país.

 

A propósito, falando um pouco da história do crédito bancário do nosso país, quem não se lembra, nos idos dos anos 50 e 60, da Carteira Agrícola e Industrial do Banco do Brasil, a famosa CREAI?  Ela foi responsável pela grande expansão das fronteiras agrícolas do Brasil, especialmente em áreas da Região Nordeste e Centro-Oeste, quando foi iniciado o plantio, em grande escala, das lavouras de soja, trigo, centeio, cacau, milho, feijão e outras culturas. O Banco do Brasil funcionava, por assim dizer, mais como um verdadeiro, “Ministério do crédito”, pois seu corpo funcional possuía, à época, grande conhecimento de como ministrar o crédito agrícola, sobretudo aos médios e pequenos proprietários rurais. E do PROTERRA? Que era um programa destinado ao financiamento para a aquisição de áreas de terra, cujos beneficiários eram ruralistas que já possuíam tradição no cultivo de lavouras e na exploração das atividades pastoris, além de agrônomos e técnicos agrícolas.

 

Diante de novas exigências do mercado, o sistema bancário procurou modernizar-se, quando passou a adotar novas tecnologias e a oferecer produtos financeiros cada vez mais sofisticados. Para isso, passou a contar com um contingente de recursos humanos – o novo bancário –, agora mais identificado com essas novas tecnologias, considerando a possibilidade já presente de o banco entrar na “era digital”, operando com novos formatos de mídias, aplicativos e plataformas virtuais.

 

Desse modo, reafirmamos a importância e indispensabilidade da classe bancária nacional no esforço para consolidar o processo de desenvolvimento econômico e social do Brasil. Diante da grande complexidade de que tem se revestido a economia do país, da sofisticação cada vez maior do seu mercado de capitais, da progressiva inserção do país no mercado internacional e do estado de modernidade atingido pela sociedade brasileira, o bancário brasileiro tem demonstrado invulgar capacidade de trabalho e competência profissional, para lidar com essas grandes e necessárias transformações.

 

O problema maior é que, atualmente, está se depreciando esta valorosa classe com remunerações, cada vez mais, aviltadas, impedindo o seu aprimoramento e modificando o seu vínculo empregatício de permanente para “temporário”, levando os seus integrantes a buscar uma colocação no mercado de trabalho mais promissora! Há alguns anos atrás o bancário almejava incrementar sua carreira e permanecer na instituição financeira até sua aposentadoria em face do salário digno e da valorização de que desfrutava.

 

Mas, hoje é dia de alegria e celebração! Por isso, é chegado o momento de parabenizar toda a classe bancária brasileira, especialmente os funcionários dos bancos sergipanos e aracajuanos, juntamente com suas excelentíssimas famílias, pelo transcurso de mais um “Dia do Bancário”. Por isso rogo que o Divino Criador derrame Suas infinitas bênçãos sobre os lares de todos os bancários, neste dia e para sempre, e que desfrutem de muita saúde, paz e vida longa, para podermos construir um novo Brasil economicamente mais próspero, socialmente mais justo e politicamente mais democrático! Viva o Brasil e o seu povo. Vivas, também a todos os bancários deste imenso país.

     

Obrigado!

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